Conservar ou Inovar? 2008 foi um ano de encruzilhadas para muitos. Tanto economistas, tecnocratas, mercadólogos como consumidores, presidentes, socialistas e capitalistas. Todos permaneceram parados atônitos diante da encruzilhada que se formou no decorrer do ano. As engrenagens do novo ano estão se ajustando e a sombra do amanhã permanece diante de todos.
Alguns nem se mexeram, outros acompanharam o fluxo do caos, uns mantiveram-se como observadores e poucos optaram por arriscar alguma decisão. A semelhança entre todos foi nítida: independente de sua localização, seja no epicentro ou na periferia da crise, suas rotinas e perspectivas foram afetadas pelo turbilhão de WallStreet.
Durante todo o ano, a cada anúncio de falência ou a cada pacote bilionário lançado ao ar para amenizar a tormenta, a desconfiança se instalou de tal forma que ideais centenários se desvaneceram ao pôr do sol. Capitalistas, socialistas, neoliberais, marxistas, como em um barco afundando, o som em coro foi único: salve-se quem puder.
E relembrando um discurso de Celso Furtado, em Boston no ano de 1972, presente no livro Os Ares do Mundo, acredito que vivemos um tempo onde a mesma se faz totalmente relevante : "Que dizer da progressiva perda de controle dos setores mais dinâmicos do sistema de produção? E da crescente dependência tecnológica? E da agravação dos desequilíbrios regionais?"
Se em 1972 buscava-se a resposta e em 2009 vivemos a mesma situação, é necessário repensar nossas decisões e propostas!