...A questão agora é buscar compreender
até que ponto o foco está no bem estar social
do brasileiro ou em um mecanismo que ajude
a circular a economia em tempos de crise!...
Assim eu terminei o último post neste blog.
Decidi levantar este debate aqui no blog, pois muitas vezes pensamos que a melhor saída para todos os problemas é "entrada de dinheiro" ou "aumento dos recursos", embora muitas vezes a saída está em um melhor modelo de maximização de ganhos e produção, somado a uma redução de gastos e perdas. Enfim, concordo com o ponto trazido pelo DIEESE, de que o "...reajuste deve beneficiar cerca de 43,4 milhões de pessoas..." e que também o "...aumento deve permitir a entrada na economia brasileira, de aproximadamente R$27,8 bilhões ao longo do ano, e incrementar a arrecadação tributária em R$6,8 bilhões". Com certeza, todos sabemos que renda, consumo, economia local e diversificação de produtos são itens diretamente proporcionais. Aumentando a renda, aumenta o consumo que circula a economia local propiciando uma diversificação de produtos.
Entretanto, nosso foco não pode estar somente neste ponto de vista. Sei que em tempos de crise tendemos a pensar desta forma, porém devemos olhar outra conseqüência deste aumento progressivo. Um dos efeitos que pode ocorrer é sobre os microempresários que possuem um número determinado de trabalhadores em sua empresa. Diante do aumento do salário, sua despesa com mão-de-obra logicamente irá aumentar, se neste fluxo a sua produtividade não seguir o mesmo caminho (fato bem provável, devido a alta taxa de juros, debilidade de crédito e aumento dos preços de matérias-primas), será bem certo que para equilibrar receitas e despesas, a primeira opção de corte e reajuste será na mão-de-obra. Concluindo, gerando demissões e desemprego.
Portanto, nesta linha de raciocínio, devemos permanecer de certa forma contentes com o aumento do salário mas também cautelosos com alguns efeitos que podem surgir. Afinal de contas, qual desempregado que pode consumir.