RELOAD

Após mais de um ano fora do ar ou simplesmente desatualizado, resolvi fazer um RELOAD do "Concepções e Conjunturas". Buscando alternar a proposta entre artigos, notícias e sempre algumas concepções e na busca pela praticidade do assunto central que motivou a criação do blog: discutir e comprender um pouco de economia. Nesta ótica, darei início hoje a uma série de publicações de vídeos explicando e sistematizando conceitos econômicos. Vídeos estes que podem ser encontrados disponíveis em diversos sites e portais, estarão agora também disponíveis em "Concepções e Conjunturas"! Sempre, é claro, divulgando a fonte para não roubar os direitos autorais de ninguém.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Privatizar os ganhos e socializar as perdas

Nas últimas semanas o burburinho dos principais jornais internacionais estão em torno das pautas das reuniões do G8 e da recente reunião da OMC. É notório que a postura de alguns países que conduzem os debates, ocasionam o aumento da pressão sobre a crise planetária que vivemos hoje. Na reunião do G8, um dos principais focos de discussões foi a possível inclusão de alguns países emergentes. Atualmente o bloco é formado por EUA, França, Alemanha, Japão, Itália, Canadá, Grã-Bretanha e Rússia, a proposta, conduzida pelo presidente da França juntamente com Tony Blair, seria o alargamento da bancada, tornando-se G13, com a inclusão de Brasil, China, Índia, México e África do Sul.

Porém, de imediato, conduzidos pelos EUA, a maioria dos países do grupo foi contra a proposta, deixando claro uma postura protecionista. O que vai contra a tendência e a análise de vários especialistas no assunto, que afirmam que o grupo não possui mais representação na geopolítica global e se faz necessário a inclusão dos países emergentes por estes representarem uma parcela considerável da população e da economia mundial.

Já na referida reunião da OMC, o foco de discussão está centrado nas negociações do livre comércio agrícola. A reunião que caminha com fortes entraves, terá seu final na próxima sexta-feira, porém a postura protecionista permanece visível nos países desenvolvidos. Em meio a crise energética, alimentar e financeira do cenário internacional atual, uma coisa é clara: os desenvolvidos, conduzidos principalmente pelos EUA, permanecem na defensiva protecionista com medo de serem ultrapassados pelos emergentes, estes em seguida, por tamanha sede em aproveitar a oportunidade atual de crescimento e expansão, estão se perdendo no caminho e entrando em desentendimentos entre si, e por último encontramos os dependentes que não possuem direito a voto logo não conseguem se pronunciar, alastrando ainda mais a fome e crise social em seus domínios.

A questão que fica para pensarmos é, nas palavras de Nouriel Roubini, economista americano, será que irão “privatizar os ganhos e socializar as perdas”?

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