RELOAD
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Fim da primeira enquete do blog
terça-feira, 28 de abril de 2009
Contiua o bate papo de Smith e Marx
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Adam Smith e Karl Marx - Século XXI
quinta-feira, 16 de abril de 2009
"Canarana e Aurilac !"
Desconhecidas para muitos, e na verdade até entre si, estas duas cidades, em países e hemisférios diferentes, representam o marco da crise econômica atual. Canarana no interior do Mato Grosso, centro-oeste brasileiro. Aurilac, na região de Cantal, sul francês. Canarana e Aurilac símbolos dos contrastes gerados pela crise.
Desde o início, a crise econômica começou a revelar que por onde passasse iria trazer a tona os enormes contrastes causados pelo livre mercado sem regulações, ou melhor, a prática exata do "laissez faire, laissez aller, laissez passer". Nitidamente foi sendo revelado, em qualquer país, os enormes contrastes existentes dentro da sociedade. Muitos ganhando pouco, poucos ganhando somas enormes, alguns falindo outros expandindo. “Canarana e Aurilac”!
Canarana, 18000 habitantes, produtora de soja e carne, tem sua economia movida basicamente pela agricultura e pecuária, responsáveis por 80% da produção da riqueza local. Devido a crise, uma das principais empresas da cidade fechou as portas, dando início a um ciclo de demissões de aproximadamente 3100 pessoas, uma estimativa otimista. A pergunta local é como sobreviver em meio a crise?
Aurilac, recentemente a prefeitura da cidade realizou em Paris uma feira de emprego na tentativa de preencher 500 vagas disponibilizadas nas empresas do pequeno município. A crise da cidade é: falta de mão-de-obra. Como aproveitar as oportunidades?
Com certeza, hoje, uma família de Canaran gostaria de mudar para Aurilac. Regiões diferentes, cenários opostos, revelando o contraste que está marcando a crise econômica do início deste século!
quarta-feira, 8 de abril de 2009
A falácia do salário mínimo
Muitas vezes ficamos sem perceber os argumentos falaciosos que nos circulam. Na maioria das vezes, na verdade, vivemos aceitando muitos destes argumentos como simplesmente válido, verdadeiro e normal em nosso cotidiano. Mas seria muito edificante e relevante para cada um nós e também para coletivamente, como sociedade, se buscássemos compreender e analisar um pouco mais estes argumentos.
Para realizar tal análise não precisamos ser especialistas ou mestres em alguma ciência específica. Basta apenas, agrupar informações pertinentes ao contexto de tal argumento, compararmos alguns itens que perceberemos a falácia que muitas vezes tentam nos envolver.
Um exemplo disso: há algum tempo que é estampado nos jornais o avanço do salário mínimo. A cada reajuste é comemorado como se fosse algo gigantesco e especialmente além da necessidade do brasileiro. Ora, uma falácia escancarada no marketing do governo em busca de uma maior aprovação popular.
Porque esta afirmação não é verdadeira e válida?
Para isso, é necessário definir alguns conceitos, existentes no argumento e através da tabela abaixo mostrar como os reajustes dos salários mínimos estão totalmente fora da realidade do trabalhador brasileiro.
Primeiramente:
Segundo o DIEESE – Departamento Sindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos:
“Salário mínimo nominal: salário mínimo vigente. Salário mínimo necessário: Salário mínimo de acordo com o preceito constitucional "salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim" (Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos Sociais, artigo 7º, inciso IV). Foi considerado em cada Mês o maior valor da ração essencial das localidades pesquisadas. A família considerada é de dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto. Ponderando-se o gasto familiar, chegamos ao salário mínimo necessário.”
Nos últimos anos a realidade é a seguinte:
Salário mínimo nominal e necessário :
março de 2007 a março de 2009
Período Salário mínimo nominal Salário mínimo necessário 2007 Março R$ 350,00 R$ 1.620,89 Abril R$ 380,00 R$ 1.672,56 Maio R$ 380,00 R$ 1.620,64 Junho R$ 380,00 R$ 1.628,96 Julho R$ 380,00 R$ 1.688,35 Agosto R$ 380,00 R$ 1.733,88 Setembro R$ 380,00 R$ 1.737,16 Outubro R$ 380,00 R$ 1.797,56 Novembro R$ 380,00 R$ 1.726,24 Dezembro R$ 380,00 R$ 1.803,11 2008 Janeiro R$ 380,00 R$ 1.924,59 Fevereiro R$ 380,00 R$ 1.900,31 Março R$ 415,00 R$ 1.881,32 Abril R$ 415,00 R$ 1.918,12 Maio R$ 415,00 R$ 1.987,51 Junho R$ 415,00 R$ 2.072,70 Julho R$ 415,00 R$ 2.178,30 Agosto R$ 415,00 R$ 2.025,99 Setembro R$ 415,00 R$ 1.971,55 Outubro R$ 415,00 R$ 2.014,73 Novembro R$ 415,00 R$ 2.007,84 Dezembro R$ 415,00 R$ 2.141,08 2009 Janeiro R$ 415,00 R$ 2.077,15 Fevereiro R$ 465,00 R$ 2.075,55 Março R$ 465,00 R$ 2.005,57
Fonte: DIEESE
Concluindo, como comemorar um reajuste insignificante e tão fora da realidade e necessidade do brasileiro? Não podemos aceitar esta falácia, é preciso regulamentar os reajustes feitos pelo governo.
domingo, 5 de abril de 2009
"Inversão de Papéis" - por Moane Carvalho
"Apesar da crescente expressão de ações baseadas em política participativa executadas por organizações civis, é cada vez mais usual o conceito de que as cidades tem vida própria e manifestações particulares independentes das relações humanas vinculadas a ela. A idéia de que os centros urbanos são responsáveis pelos seus próprios problemas com habitação, saúde, criminalidade, índices de desemprego e distribuição de renda; citando apenas alguns pontos de uma lista que parece infinita."
Continua no Just in Case....
Por Moane Carvalho