RELOAD
sábado, 22 de novembro de 2008
Queda livre global ....resumo da semana....
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Uma notícia boa, em meio ao turbilhão econômico...
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
1492 – 2008 – a construção de um novo mundo
1492, ano que marcou o romper do horizonte, navegadores desafiando as barreiras estruturais da época, seguiram em busca de “um novo mundo”, sob a bandeira de impérios como Espanha e Portugal, continentes inteiros foram sendo descobertos e um novo mapa-mundi se construindo. Alinhado às descobertas, novas estratégias de empreendimentos modelaram-se às oportunidades que surgiram e paradigmas do impossível decaíram. Novas concepções de espaço, distância, fronteiras e barreiras ao empreendimento humano se estabeleceram, e, poucas foram as peças que participaram na modelagem de poder do globo.
O tempo passou, junto com ele, o fim dos impérios, a 1ª Guerra Mundial, Crise de 29, 2ª Guerra Mundial, Guerra Fria, queda do Muro de Berlim, e para cada fato deste, concepções foram estabelecidas e uma nova visão de mundo e forma de empreendimentos surgiram. No caso do último citado, uma nova conjuntura global começou a ser construída, e nas palavras de Fernando Henrique Cardoso, “a globalização financeira como nós vivemos hoje começou”.
Séc.XXI,11 de setembro, crise imobiliária, preços das commodities elevam-se a níveis incríveis, petróleo em alta, crise sistêmica financeira 2008, índices de desemprego históricos em países onde este não era o assunto tratado há anos, recessão na Zona do Euro e Japão, G7 já não tem todo o poder de decisão, a economia real em todo o mundo é afetada, fortalecimento dos emergentes, BRIC, queda do preço do petróleo. Fatos que qualquer um jamais imaginaria no fim do século XX, imediatamente suspeitariam que fosse um conto de ficção científica muito fora da realidade. Coisas de Nárnia ou Harry Potter, mas estas são as manchetes dos jornais durante todo este ano.
“A realidade global mostra um cenário no qual a transterritorialidade dos eventos econômicos perpassa nacionalidades. O fenômeno econômico, do ponto de vista puramente analítico, é transnacional, portanto, envolvendo várias nacionalidades, isoladamente ou associadas.” [Marcelo Milano, Geoestratégia Global, 2007]
Diante deste cenário de turbulências e crise sistêmica, encontramos algo surpreendente, o poder das transnacionais que superam obstáculos territoriais ativando a diversidade e acionando uma competitividade incrível, proporcionando a pequenas marcas um lugar no mercado global. Enquanto países prestam relatórios divulgando queda na produtividade, recuo do PIB e outros índices negativos, transnacionais como Wallmart, Coca Cola e Nike expandem em locais de atuação e lucratividade, revelando assim uma nova forma de poder no mundo.
A grande questão que devemos pensar no meio deste turbilhão é: se as transnacionais conseguiram adaptar suas estratégias e gestão de forma consistente com as questões deste novo tempo global, porque a sociedade civil e os Estados permanecem atrasados e presos em suas tomadas de decisões?
Na construção deste novo mundo, de onde virão as mãos artesanais que modelarão os ângulos das relações? Onde e quem estará à mesa das decisões?
terça-feira, 11 de novembro de 2008
"...Yes we can..." - parte II
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
...Montanha russa do Petróleo...
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
"...Yes we can..."
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Educação em STP: Uma Educação para o “Sub desenvolvimento”
Educação em STP: Uma Educação para o “Sub desenvolvimento”
Na óptica de vários teóricos, uma educação eficaz num processo de desenvolvimento não é aquela que faculta ao homem apenas a acumulação de conhecimentos, mas também a capacidade de reflexão crítica acerca da sua própria condição de existência, incentiva-o para uma participação criativa no sentido de induzir mudanças significativas e constantes na sociedade em que se encontra inserido.
Esta educação não se resume apenas a um “depósito” de conhecimentos e pela inculcação/incorporação de valores e normas dominantes, mas, acima de tudo, deve propiciar aos indivíduos a capacidade de questionar, refletir e ter uma participação ativa na sua sociedade com vista a introdução de mudanças.
Não obstante, o setor de educação constituir uma das preocupações dos sucessivos governos de STP, mediante criação e implementação de reformas educativas, estas não têm atingido os objetivos propostos, verificando-se assim poucos impactos dessas ações no processo de desenvolvimento do país. Tem constituído uma educação que, em vez de exercer uma influência decisiva e condutora de mudança de atitude e de mudança social, tem favorecido a perpetuação da situação socio-econômica e política do país. Assim, o sistema de educação de STP, tal como está estruturado, propicia uma educação para o “sub-desenvolvimento”, já que os seus impactos em termos sociais parecem ser pouco significativos ou nulos.
E são várias as evidências que apontam neste sentido.
Trata-se de uma educação que não propicia a reflexão, a critica, a liberdade (de expressão e a ação), a criatividade, a ação e a mudança já que se baseia em aulas extremamente expositivas, sem variação da estratégia, centradas no professor e não nos alunos, em que o docente “despeja” a matéria e os alunos tentam com grandes limitações “apanhar” para depois “despejar” novamente nos exames, ficando de seguida o total vazio. Nesse processo não existe a estimulação do diálogo e da criatividade nem de qualquer tipo de reflexão crítica. Não traz para a sala de aulas as experiências e os problemas vividos pelos alunos no seu dia-a-dia.
Trata-se, assim, de uma educação que forma indivíduos passivos e com reduzido espírito empreendedor, incapazes de desenvolver ações que promovam alterações no seu meio social.
Por outro lado, é um sistema de educação extremamente seletivo. Não tem em conta as desigualdades sociais existentes entre os são-tomenses e, não sendo extensível a todos, existem camadas da população que estão excluídas de aceder a certos níveis de ensino, pelo que tende a premiar pessoas que, à partida, já possuem vantagens sócio- econômicas e a excluir ainda mais os desfavorecidos.
De salientar também que se trata de uma educação em que a interação, a solidariedade, bem como todo tipo de sentido de responsabilidade social estão ausentes, formando indivíduos egocêntricos que agem quase exclusivamente com vista a satisfação dos seus próprios interesses pessoais, sem quaisquer benefícios e impactos na sociedade no seu todo.
Deste modo, perante estes fatos, urge a necessidade de se proceder a uma reformulação do sistema de educação de STP de modo que este possa formar indivíduos solidários, ativos, críticos, criativos e capazes de implementar múltiplas ações e processos inovadores e sustentáveis de mudança e de melhoria da sua condição de vida e a da sua comunidade.
Urge em STP uma educação para a reflexão critica, para a ação, para a responsabilidade social e, acima de tudo, uma educação para a mudança, uma educação para o desenvolvimento.
Socióloga/ Estudante de mestrado em Desenvolvimento