RELOAD

Após mais de um ano fora do ar ou simplesmente desatualizado, resolvi fazer um RELOAD do "Concepções e Conjunturas". Buscando alternar a proposta entre artigos, notícias e sempre algumas concepções e na busca pela praticidade do assunto central que motivou a criação do blog: discutir e comprender um pouco de economia. Nesta ótica, darei início hoje a uma série de publicações de vídeos explicando e sistematizando conceitos econômicos. Vídeos estes que podem ser encontrados disponíveis em diversos sites e portais, estarão agora também disponíveis em "Concepções e Conjunturas"! Sempre, é claro, divulgando a fonte para não roubar os direitos autorais de ninguém.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"A inflação da festa junina"

O preço de uma cesta de 18 produtos, entre ingredientes para fazer os quitutes típicos da época e bebidas, subiu 9,75% no acumulado dos últimos doze meses - julho de 2008 a junho deste ano - pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é pouco mais que o dobro da inflação apurada pelo IPC no período, que foi de 4,86%.

Elaborado pelo economista da FGV André Braz a pedido do site do GLOBO, o levantamento, no entanto, não inclui produtos com menor peso no orçamento familiar e que são mais consumidos nesta época do ano, como canjica e pé-de-moleque.

A principal razão para a alta é o churrasquinho, já que o preço da carne acumulado em doze meses ainda reflete os reajustes registrados no ano passado, quando a demanda interna estava em alta e as exportações batiam recordes. Nos doze meses encerrados em junho, o preço médio da carne subiu 5,5% no período, acima da alta do IPC.

A cesta foi muito influenciada pelo ocorreu com a carne, que subiu mais que a média do IPC e tem forte importância no índice. O peso total dessa cesta de componentes de festas juninas no orçamento familiar é de 5,85% e o das carnes bovinas, de 3,12%. Mas houve influência também da alta de preço de refrigerante e cerveja, que juntos têm peso de 1% - explica Braz.

Os preços da salsicha e do salsichão tiveram uma alta ainda mais expressiva que o da carne, de 10,48%. Isso ocorreu porque são derivados principalmente dos tipos conhecidos como 'carne de segunda' - pá e acém, por exemplo -, cujo preço teve alta maior no ano passado. Esse é o tipo de carne mais consumido nos países frios, já que tem teor de gordura mais elevado.

Os espetinhos de queijo coalho ficaram 13,65% mais caros, puxados pela alta no preço do leite. Já o leite condensado teve queda de 4,7% no preço, mas, segundo Braz, deve subir nos próximos meses. Como o item é industrializado, o aumento no custo do insumo demora mais a aparecer para o consumidor do que os in natura, por causa da cadeia de produção.

Fonte: Jornal O Globo

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